Valorizo a leitura desde a minha adolescência, quando iniciei a leitura de meus primeiros livros da literatura brasileira. Inicialmente li algumas obras de Jorge Amado e Machado de Assis, mas o que chamou minha atenção foi: O Cortiço de Aluísio de Azevedo, que deixa bem claro a problemática social, vivida por pessoas pobres morando em um aglomerado que crescia a cada dia, trazendo à tona os problemas de diversas ordens, ocasionado por esse convívio em condições desumanas.
Depois, já adulto, por volta dos meus vinte e cinco anos, militante sindical e político partidário de esquerda, li algumas obras que despertaram em mim a consciência de que devia cursar a faculdade de História ou Sociologia. Essas obras foram: “Veias Abertas da América Latina”, de Eduardo Galeano; “História da Riqueza do Homem”, de Leo Huberman, que mostram a exploração do continente americano e do trabalhador respectivamente, pelo viés da História.
Graças a essas leituras, inicie minha caminhada na vida acadêmica, me graduando em História, mudando minha trajetória profissional, saindo da indústria e vindo para a área da educação, e posteriormente concluindo o Mestrado em Educação. Sinto-me realizado, e tenho claro que essas leituras contribuíram em muito para a minha formação intelectual, ideológica e profissional.
Antônio de Pádua Almeida
Lembro-me perfeitamente do primeiro livro que li,
Sempre amei o estilo de escrita de Rubem Alves... Já devorei vários de seus escritos e me apropriei de algumas de suas virtudes! Entre todos os depoimentos e definições de leitura colocados à nossa disposição na atividade 1, me encantei especialmente com o escrito de Rubem Alves... Acho que foi uma definição muito profunda e verdadeira, que traduziu perfeitamente, para mim, o sentido da leitura!
LILIAN YOSHINAGA DE FIGUEIREDO MARIANO
"A menina que aprendeu a ver"
O título faz referência a uma obra clássica de Ruth Rocha, onde um menino descobre ou redescobre o mundo através da língua escrita... A alusão a essa obra é por acreditar que realmente, a leitura e escrita nos apresentam um novo mundo ou uma extensão daquele em que já vivemos.
Minha introdução nesse mundo foi praticamente simultânea à introdução no mundo literal... Que confuso!
Mas é isso mesmo, embora com pouca escolaridade, meus pais sempre deram muito valor à leitura e escrita e nasci num ambiente alfabetizador, com inúmeros livros e revistas. Me lembro nitidamente de meu pai chegando do trabalho com um número novo de "Seleções"; minha mãe devorando esse número e eu e minha irmã como ouvintes atentas. Quando minha irmã iniciou a escolaridade já sabia ler e escrever e era mais uma tutora a me enveredar por esse mundo tão maravilhoso... Depois eu ingressei na escola e daí pra frente "aprendi a ver" com meus próprios olhos...
Houve uma época de minha vida em que me desencanteis com a leitura... a época da faculdade com inúmeras leituras obrigatórias... Mas me encantei novamente quanto de minha primeira gravidez, em que me vi, junto de meu esposo (também um leitor viciado... pra se ter uma ideia: sabe quando deixamos o carro pra lavar e colocam jornal no assoalho, ele se sentava no carro e ficava com as pernas abertas lendo o jornal no chão!!!!), passamos a comprar literatura infantil e ler para a "barriga"... Nem preciso dizer que nasceu uma leitora, que com 4 anos e meio, devorava tudo por si só... Veio a segunda gravidez e a história se repetiu... Hoje nos constituímos uma família de leitores... o que mais me deixa feliz é a variedade de gêneros lidos e o prazer que derivamos disso...
A leitura faz parte da minha vida e a considero essencial.
LILIAN YOSHINAGA DE FIGUEIREDO MARIANO
Lembro-me perfeitamente do primeiro livro que li, o qual me marcou profundamente. Chamava-se Tistu O Menino do Dedo Verde
Tistu é um menino muito feliz, que nasceu e foi criado com todo o luxo que seus belos pais - donos da maior fábrica de canhões do mundo - podiam dar e o dinheiro podia comprar. Morava numa mansão - a "Casa-que-Brilha" - e tinha criados que o adoravam. Ao completar oito anos, seus pais decidem que já é hora do filho conhecer as coisas da vida e se preparar para, no futuro, assumir e dar continuidade aos negócios da família. No entanto, logo no terceiro dia de aula o menino é expulso do colégio por dormir durante as aulas. Com isso, os pais de Tistu decidem que a educação do menino se fará dentro de casa, sem livros, através de suas próprias experiências e observações. No dia de sua primeira aula com o jardineiro Bigode, Tistu descobre um dom excepcional: ele tem o dedo verde - o que significa que basta um toque de seu polegar para que surjam plantas e flores onde quer que ele encoste. Com as aulas do Senhor Trovões, ele entra em contato com a violência urbana cotidiana e conhece a infelicidade e a tristeza. Inconformado, Tistu decide mudar o mundo apenas com o toque de seu dedo verde, começando pela cidade onde mora, Mirapólvora.
Esse livro foi indicado pela professora de Português quando eu estava na 6ª série (antigo ginásio). Todos os alunos teriam que lê e depois fazer uma prova à respeito do mesmo. No início foi chato, pois, estava lendo por obrigação e seria cobrado no final, mas, no decorrer da leitura fui me envolvendo com a história, os personagens e a leitura passaram a ser prazerosa. Gostei tanto que acabei tirando nota 9,0 na prova.
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Marcos Antônio Gonçalves
Lembro perfeitamente do primeiro livro que li, o qual marcou profundamente minha vida, o livro chama-se o GATO DE BOTAS. Ganhei esse livro de presente quando estava na segunda serie,como premio de melhor aluna, fiquei muito orgulhosa, aquilo representava muito pra mim,pois era tudo que eu tinha.
Lia e relia o livro fantasiava tudo aquilo como era bom, a partir da quinta serie li vários livros que retirava da biblioteca da escola, gostei muito do livro POLIANA, mas o ATENEU marcou muito, lia e chorava imaginando a vida daqueles garotos longe dos seus pais e tudo que eles aprontavam.
Hoje tenho o habito de ler, quando eu me deparo com títulos que lia na adolescência, tenho a sensação de voltar no tempo com os mesmos sentimentos que tinha na época.
Ler para mim é muito bom é uma viagem.
Regina Célia dos Santos
Olhai os Lírios do Campo
Experiência em leitura?! Já fiz esse relato antes!
Lembro-me de quando estava na 6.a série (ainda ginásio) nos anos 70 ganhei da professora Dulcinéia, disciplina de Português, a obra “Olhai os Lírios do Campo” de Érico Veríssimo por eu ter feito uma excelente redação. Devorei aquele livro! Os protagonistas Eugênio e Olivia me cativaram. A trajetória de Eugênio, um garoto pobre, que se apaixona por Olívia, futura médica, era demais para um jovem. A carta que Olívia deixou para Eugênio numa de suas brigas serviu de modelo para que eu escrevesse cartas a um desafeto... coisas de jovem na pele de adolescente que independe do gênero.
Na época não estava interessado em análise de personagens, tipo de texto ou gênero textual. O que importava era enredo e seu final. Também não tinha conhecimento de que o autor fazia menção ao Sermão da Montanha. A beleza da obra que me interessava!
Guardei este livro por anos e com todo cuidado, mas numa das mudanças, o perdi. Pensei em comprar outro exemplar, mas não seria a mesma coisa. Então decidi que o importante eu já tinha, que foram as lembranças. Para minha surpresa, tempos depois, o romance foi adaptado pela Rede Globo como novela no horário das 18 horas. Foi muito bom!!!
Valdomiro Rolim da Costa
Imagens copiadas da internet.
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